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EMPRESAS BRASILEIRAS DESPERTAM PARA A ERGONOMIA

Publicado em 17/09/2009

Empresas brasileiras despertam para a ergonomia

Mesmo sem ainda contarem com uma metodologia específica de implantação, as ações de gestão ergonômica já fazem parte da cultura de muitas empresas brasileiras. Seja por conta de exigências expressas na Norma Regulamentadora 17, seja para permitir a concessão de certificações de qualidade ou mesmo apenas para reduzir o número de acidentes e afastamentos do trabalho, boa parte das organizações nacionais já incluiu em sua pauta medidas que buscam adequar o ambiente de trabalho aos funcionários.

“Na área de serviços públicos, os Correios são um dos exemplos da forte adesão os Programas de Gestão Ergonômica (PGEs)”, informa o designer Mauro Martin, professor universitário com mestrado em Engenharia de Produção. Ele lembra que as ações naquela instituição começaram há algumas décadas e hoje envolvem todo o processo, desde o recebimento das correspondências até a entrega, executada tanto pelos carteiros como nas próprias agências. “Também a produção fabril é uma das áreas que mais adota projetos de ergonomia, já que é este o setor mais interessado em diminuir as ocorrências de acidentes e afastamentos por LER/DORT (Lesões por Esforço Repetitivo/Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho)”, explica Martin.

A Alibem, indústria gaúcha do segmento de produção de carne suína, investiu, ano passado, no aperfeiçoamento do ambiente de suas unidades de administração e produção, instaladas em Porto Alegre, Santo Ângelo e Santa Rosa. “Procuramos qualificar os espaços onde atuam nossos colaboradores a fim de promover o bem-estar e evitar ao máximo os casos de LER/DORT”, explica Audrey Shen, gerente de Recursos Humanos da companhia.

O projeto de melhoria foi elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho, que analisou cada ambiente e as atividades ali desenvolvidas. As principais alterações foram a substituição de móveis e equipamentos e a correção dos controles de iluminação e de temperatura. “Também sugerimos aos funcionários uma série de exercícios de alongamento que podem ser feitos antes, durante e depois da jornada diária”, acrescenta Audrey. A auxiliar administrativa Fabiana Brum, há três anos e meio na empresa, aprovou as mudanças: “A evolução é notável e, assim como eu, os colegas estão bastante satisfeitos com as condições de trabalho que temos hoje”.

Martin chama a atenção para o fato de que, como ainda não existe um padrão de implantação de PGEs, nem todas as empresas procedem da mesma forma. Mas defende que a receita para garantir que uma adequação ergonômica seja bem-sucedida é incluir os funcionários no processo. “Já vi programas ruírem porque os trabalhadores não foram ouvidos. Quando conheceram seus novos postos de trabalho, não conseguiram se adaptar, e o investimento da empresa foi todo por água abaixo. Por isto, além do estabelecimento de uma metodologia própria, acredito que o futuro dos PGEs depende, fundamentalmente, da participação efetiva dos colaboradores no seu desenvolvimento”, finaliza.


Fonte: Doxxa Inteligência em Conteúdo

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